INUNDAÇÕES, BARRO E POEIRA INCOMODAM MORADORES DO BAIRRO NOVA GIMIRIM

CIDADE

Inundações em dias de tempestades, barro após o cessar das chuvas, poeira em tempos de estiagem e esgoto a céu aberto. Esses têm sido os principais problemas vividos por moradores da extensão da Rua Admilson Ferreira Noronha, situada no entroncamento das Ruas Coronel Ferreira de Assis e Prefeito Roberto Assi, na ligação entre os bairros Mãe Rainha e Nova Gimirim. Além dos dissabores citados, outro fato que tem gerado preocupação aos residentes daquela área é um poste fixado no meio da via aberta recentemente, algo que tem oferecido riscos a motoristas e veículos que transitam por lá.

Diante de tantos problemas, a reportagem do JPF foi acionada para acompanhar o caso, e conversou com um morador que preferiu se manter no anonimato, temendo sofrer represálias por parte do Poder Público.

Segundo o reclamante, os alagamentos são antigos, mas pioraram após a abertura da referida via. “Antes, para inundar esse pedaço aqui era preciso cair uma tromba d´água na cidade. Mas, agora, depois que a Prefeitura abriu essa rua aí, basta cair poucas gotas do céu que a água já transborda, deixando esse trecho igual a um rio. E o pior de tudo é que essa enchente vem junto com o esgoto que tem ali ao lado, a céu aberto, podendo trazer doenças a todos nós que aqui moramos”.

Ainda conforme o delator, os dissabores não são vivenciados apenas em dias chuvosos. Depois que as tempestades cessam, o barro toma conta das vias, deixando praticamente impossível o trânsito de pedestres naquele lugar. “Estamos vivendo uma situação muito difícil por aqui. Em dias de chuva, não podemos sair porque a água está por todos os lados, parecendo um rio. Assim que para de chover, tudo vira um lamaçal, igual a um chiqueiro. E fica complicado até pra gente sair pra trabalhar e correr o risco de chegar sujo no serviço. E, em dias de sol, é tanta poeira que não dá nem para abrir as janelas de nossas casas. Queremos uma solução rápida para esta situação. Pagamos nossos impostos em dia e exigimos ser atendidos pela Prefeitura”.

Além dos problemas oriundos das tempestades, os residentes do referido local ainda cobram soluções para outras “coisas” que consideram erradas. “Não bastassem todos esses fatos já ditos, também temos de conviver com a rua ‘desmoronando’ em alguns trechos e um poste no meio do caminho, oferecendo riscos a carros e motocicletas que passam por aqui. Fizemos diversas reclamações na Secretaria de Obras, mas sempre alegam que não têm dinheiro para fazer o serviço ou empurram a reponsabilidade para outros órgãos, como a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). Estamos cansados de tanto descaso e queremos uma solução”, esbravejou o rapaz.

Perante o caso, a reportagem do JPF procurou o Executivo para obter respostas sobre as queixas. Em nota, o secretário de Obras, Wladimir Corrêa, informou que já existem estudos do local, mas o município não possui recursos para desempenhar o trabalho e que isso só será feito se a Prefeitura receber verba extra orçamentária das esferas estadual ou federal.

Quanto ao poste no meio da rua, o responsável pela pasta novamente ressaltou que um pedido já foi feito à Cemig para a retirada do mesmo e que algumas exigências impostas pela concessionária foram atendidas. Porém, a empresa terceirizada solicitou um prazo de 120 dias (que se encerra no final de dezembro) para a remoção.