FEDOR E MUITA SUJEIRA

CIDADE

Moradores da Rua João Paulino da Costa Neto, no bairro Ortocaldas, ao lado do Terminal Rodoviário, estão indignados com os problemas que vêm enfrentando ultimamente. Além das “tradicionais” enxurradas, provocadas por alagamentos ocorridos na junção das Ruas Ferreira de Assis, Roberto Assi e prolongamento da Admilson Ferreira Noronha e que descem pela Avenida José Soares Pinho, agora, eles têm de conviver com o fedor insuportável de esgoto, provocado pela lama que fica na via assim que as águas baixam.

Um reclamante, que pediu para não ser identificado, entrou em contato com a Redação do JPF, no último dia 12 (sexta-feira), e relatou que a situação tem piorado consideravelmente. De acordo com ele, o caso já se transformou em calamidade pública, uma vez que os detritos vindos da rede de esgoto podem provocar doenças a quem reside naquela área. “Isso aqui está insuportável, se tornou uma calamidade pública! Não pode chover que vira esse caos. Ultimamente, estamos até impedindo a rua, pois não tem como transitar por ali. Se a gente passa a pé, leva sujeira e detritos de fezes pra dentro de casa, correndo o risco de contrair doenças graves, como a Leptospirose. Se transita de carro, o fedor impregna nas rodas e também acaba sendo levado pra perto de nossos lares. Ou seja, estamos vivendo aquele velho ditado: ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’”.

Ainda conforme o reclamante, até mesmo quem necessita ir ao PSF São José corre riscos de ficar doente no momento em que busca cura para suas enfermidades. “E o pior de tudo é que o problema não afeta somente a gente. Usuários da unidade de saúde situada ali atrás da Rodoviária também pagam o pato, pois precisam fazer este trajeto até chegar lá. Imagina só: pacientes vêm ser atendidos, tratar alguma doença, e acabam trazendo sujeira e material contaminado para um lugar que deve ser totalmente asseado. Realmente, parece piada”.

Questionado sobre os procedimentos adotados para obter soluções para os dissabores, o morador foi enfático. “Estamos cansados de ligar na Prefeitura, na Secretaria de Obras… Já fizemos diversos contatos informando a situação, mas nunca resolvem nada. Não sabemos mais o que fazer. Está cada dia mais difícil viver assim”.

Face à queixa, a reportagem do JPF tentou contato com representantes da Secretaria de Obras para obter um parecer a respeito do caso, mas sem sucesso.