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HISTÓRIA DE TERROR NA RODOVIA MACHADO – CARVALHÓPOLIS

Um crime que lembra um típico filme de terror, daqueles chamados de “lendas urbanas”. Assim pode ser classificado o homicídio de Bruno Fernandes Carvalho (33 anos), cometido na noite do último dia 14 (segunda-feira), na rodovia que liga a MG 179 à cidade de Carvalhópolis. O homem foi morto com pelo menos sete facadas durante um assalto. O relato de uma testemunha indica que o meliante agiu como um verdadeiro psicopata, num enredo pra lá de apavorante.
A Polícia Militar chegou ao local do delito após receber denúncias anônimas de que havia um rapaz gravemente ferido às margens da estrada. No ponto citado, os militares encontraram a vítima do lado direito do asfalto, no sentido Carvalhópolis, já sem sinais vitais. Existiam marcas de sangue de uma margem à outra da pista, indicando que Bruno a atravessou depois de ferido. No seu pulso estava um pedaço de moletom amarrado. No outro lado da estrada, uma blusa do mesmo tecido. Além da roupa, ali também tinha uma lanterna e uma botina, provavelmente do morto.
Iniciando levantamentos, começaram a surgir informações de que a vítima estava acompanhada por uma mulher e esta teria chegado seminua ao bairro Santo Antônio II. F.C.S. (19) foi localizada e, a princípio, não quis dar declarações, mas após ser encaminhada ao Pronto Atendimento, pois apresentava diversas escoriações, deu sua versão dos fatos.
Segundo a garota, o homem, que é casado, a pegou em sua residência, por volta das 18h30, e ambos seguiriam para a fazenda onde ele trabalhava. No entanto, a propriedade estava fechada e, por isso, a dupla parou um pouco à frente, esperando que algum funcionário abrisse o portão. Ali, ficaram por um tempo e, quando se preparavam para sair, um indivíduo vestindo uma jaqueta de couro, calça jeans, encapuzado e armado com uma faca os rendeu.
O meliante ordenou que lhe fossem entregues celulares e a chave da Chevy 500 de Bruno. Este então pediu para ir embora, pois tinha filhos esperando por ele, e solicitou que o bandido liberasse a menina junto. Naquele momento, o marginal exigiu que ambos tirassem as blusas, forçando o rapaz a amarrar F. no volante do veículo com a vestimenta desta e o prendendo-o apenas pelo pulso esquerdo com a própria camiseta.
Iniciando uma espécie de jogo, passado algum tempo, o assaltante disse que a dupla deveria decidir quem mataria quem. Como eles não responderam, pegou uma chave de fenda e a repassou a Bruno, mandando que ele desse fim à vida da adolescente. Diante de uma negativa, o meliante retirou os dois do automóvel e os ordenou que ficassem de joelhos. Daí, o homem reagiu e mandou F. fugir.
A garota diz que saiu correndo e se escondeu debaixo de um pé de café. Enquanto escapava, se chocou contra uma cerca de arame farpado, o que lhe ocasionou as escoriações pelo corpo. Naquele mesmo instante, Bruno e o ladrão, engalfinhados, saíam das ruas de café e caíam no asfalto. Escondida, F. ouviu Bruno pedindo socorro, mas quando chegou até ele percebeu que já não poderia fazer mais nada para salvá-lo. Perante a situação, tentou solicitar ajuda, mas nenhum carro parava e, por isso, seguiu por uma estrada de terra para o bairro onde mora. Durante a caminhada, viu que o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel e Urgência) chegava ao local. Mesmo assim, não parou e continuou até sua casa.
Apenas dois celulares teriam sido levados. O da jovem, um Positivo com frente preta e fundo dourado, e um LG de cor branca, pertencente a Bruno. A carteira do rapaz assassinado também foi subtraída e, por isso, não portava nenhum documento.
A Perícia foi acionada e realizou os trabalhos de praxe. O delegado de plantão, Hudson Brandão, e a investigadora Juliana Rocha se fizeram presentes para levantar informações preliminares, que possam auxiliar na elucidação do caso. As apurações prosseguem, sob a responsabilidade da Polícia Civil de Machado.

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